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GAIA - A NATUREZA-MÃE

 

Quando nasceu a mais nova divindade da Família, os deuses já sabiam que nome lhe oferecer, mas esta nasceu com a necessidade de possuir forma, então Palor, o Sábio Irmão, sugeriu que deixassem Gaia florescer em meio à Realidade e que cada irmão na Família teria de protege-la com todas as suas forças, pois era ela sua mais nova e frágil similar. Então, com o calor emitido por Palor, Gaia floresceu as primeiras plantas e fez surgir as primeiras criaturas de própria vontade, como os deuses então eram os animais, capazes de conceder mais vida. Com este último feito seus irmãos se incomodaram, pois não aceitaram as novas vidas geradas da forma de Gaia; apenas Murradin ouviu sua irmã mais nova e compreendeu como lhe fazia bem o calor da vida de todos aqueles seres e desenhou em seu corpo montanhas, planícies e subterrâneos para que esses animais pudessem se espalhar e semear a vida por toda Gaia, nesse processo, colhendo as mais belas pedras para adornar os cabelos de sua irmã a quem defendia perante os outros irmãos.

 

Com a chegada de Luara na Família, Gaia foi presenteada com os rios e oceanos e, quando Palor se retirava para descansar, era iluminada por sua sobrinha-cunhada com a fria noite, que fez com que tantos animais mudassem seus hábitos e prosperassem ainda mais na superfície de Gaia. E quando todos os deuses perceberam trabalhar com seus poderes para o amadurecimento de Gaia, decidiram chamar aquele corpo divino de A Criação, aceitando Gaia sustentar todo aquele trabalho com sua própria existência divina.

 

Muito tempo se passaria até a era em que os deuses povoaram A Criação com suas próprias criações vivas e isso levaria um dos irmãos ao desejo do controle sobre os eventos n'A Criação, se apropriando do título de guardião do trabalho divino. Bahamut então conheceria aquele ser a quem todos conheceriam como "A mulher mais bela na terra" e, recebendo seu amor, deflagaria guerra contra seus irmãos que discordavam da tomada de poder do poderoso irmão, este evento levaria à "Guerra da Gênese", quando os deuses criaram mais formas de vida para auxilia-los em seu conflito contra Bahamut e os Dragões que nasciam de seu sangue derramado sobre A Criação. Em meio a esses eventos, outras poderosas forças no cosmos encontrariam o caminho até A Criação através do Véu Celestial e de encontros felizes e infelizes, Gaia daria à luz aos orcs e aos elfos. Das novas espécies nascidas do ventre de Gaia, os primeiros a odiariam como uma deusa frágil e manipulável por qualquer criatura que usasse da força bruta e os segundos a protegeriam e reverenciariam como a natureza-mãe originadora de tudo o que há no mundo.

 

Iniciada a Era dos Mortais, Gaia foi a única das divindades a ser permitida viver entre os mortais, concedendo seu corpo para que a vida continuasse. Todo ser vivo respeita e protege a natureza-mãe pois reconhecem sua importância e influência direta sobre tudo o que é vivo. Oferendas e festivais são realizados diariamente em todos os cantos d'A Criação e estão associados a Gaia aspectos como a Vida, a Fertilidade, as Plantas, os Animais, o Clima, a Generosidade e muitos outros.

PALOR - O SÁBIO IRMÃO

 

Conhecido como O Sábio Irmão, Palor é protetor da Chama da Realidade e, com ela, ilumina os caminhos de seus irmãos pelo Universo. Quando do nascimento da mais nova irmã, Gaia, aqueceu seu corpo até que florescesse vida e, quando sentiu-se solitário em seu posto, foi presenteado por seu irmão mais velho, Chronos, com a mão de Luara, A mais bela mulher nos céus e, feliz com sua companheira, originou o dia e a noite n'A Criação.

 

Em meio ao eterno conflito entre os deuses, suas criações e Bahamut com seus Dragões, abusou dos poderes sob sua guarda e emitiu o maior golpe que Bahamut foi capaz de suportar, destruindo toda a vida que existia há milhares de quilômetros da área de impacto, fazendo surgir o que hoje é o Deserto Vermelho. Foi logo após esse fatídico evento que Chronos finalmente decidiu limitar o tempo de existência das coisas vivas e proibir seus irmãos de intervirem diretamente n'A Criação, dando início à Era dos Mortais.

 

Tão logo a primeira aurora de uma nova era irradiou no horizonte, surgiram os humanos, frutos do amor entre Palor e Luara. Mais tarde, influenciados pela escuridão da Mãe Zelosa, os homens conquistariam outros povos d'A Criação sob sua vontade e trariam uma nova era de conflitos e destruição ao mundo. A era do Imperador nas Trevas findou quando Palor iluminou o caminho de Miguel Tahan, herdeiro da mais influente linhagem dos homens, para que o derrotasse e erguesse uma nova bandeira para todas as raças, antes reprimidas, como Os Povos Livres da Terra Vermelha.

 

Palor é reconhecido como patriarca da humanidade e um deus bondoso, que divide sua sabedoria com os mortais através de inspirados sacerdotes e filósofos, porém, entre os povos do Deserto Vermelho é temido como um deus colérico cuja vontade não deve ser questionada e, mais longe das terras dos Povos Livres, nos domínios d'A Rainha Imortal, é visto como um deus egoísta e covarde. Seus admiradores oferecem orações e sacrifícios pelas manhãs ao deus cujos aspectos associados são a Humanidade, o Sol, o Conhecimento, o Fogo e tantos outros.

LUARA - A MÃE ZELOSA

 

Quando percebeu o Sábio Irmão sentir-se solitário como guardião da Chama da Realidade, Chronos, o Irmão Mais Velho, justo como era, concebeu uma força que lhe fosse complementar, então lhe deu o nome de Luara e ordenou que se casasse com Palor e o auxiliasse em seu trabalho n'A Criação.

 

Luara não só apoiou o marido complementando seu trabalho, mas também inspirou-o a desvendar as verdades da Realidade e compartilhar seu conhecimento com as criaturas que habitavam A Criação. Infelizmente, Palor estava tão concentrado no conflito contra seu irmão Bahamut que esqueceu de dar-lhe amor à esposa, que teve de buscar nos braços de um Espírito Encarnado criativo, chamado Corellon, a companhia durante aqueles tempos violentos e, dessa relação, surgiriam os Eladrin, um povo capaz de dobrar a Realidade com extrema criatividade e respeito aos limites d'A Criação. Mas Luara era uma mulher dedicada a suas responsabilidades e desistiu da companhia de Corellon para buscar em Palor os sentimentos suficientes para com ele findar o conflito divino e gerar filhos com seu marido tão brilhantes quqanto os Eladrin. Mais tarde, ao início da Era dos Mortais, com Palor concebeu a humanidade, iluminada com a sabedoria do pai e a compaixão da mãe.

 

Ouvindo às suplicas dos mais ambiciosos homens, Inspirou-os a tomar o controle sobre os outros povos, mas compreendeu seu erro quando seu marido a opôs em sua decisão e percebeu como os homens se destruíam pelo poder, finalmente sendo levados à paz sob a coragem e compaixão de Miguel Tahan.

 

Como genitora de duas importantes raças, Luara não só é reverenciada pelos humanos e eladrin, mas também por criaturas de toda A Criação que encontram refúgio ou descanso na escuridão da noite e alegria sob a luz de Luara e suas estrelas. São associados a ela aspectos como a Noite, a Escuridão, o Frio, a Humanidade, os Eladrin, o Amor, a Água, a Família e outros.

MURRADIN - O IRMÃO PROTETOR

 

O Irmão Protetor, responsável por guardar os segredos de seus irmãos, foi o primeiro a auxiliar Gaia em seu amadurecimento e dar-lhe formas ao corpo que mais tarde seria conhecido como A Criação. Durante seu trabalho, colheu as mais belas gemas para presentear a irmã e ornar seus cabelos emaranhados como as florestas mais selvagens.

 

Quando Bahamut decidiu governar absoluto n'A Criação sobre as vontades de seus irmãos, Murradin o contrariou e iniciou o conflito mitológico chamado de "Guerra da Gênese" e, após cada golpe que desferia contra o poderoso irmão, percebia que o sangue derramado sobre Gaia ganhava a forma de um novo Dragão, tornando o combate contra tantos adversários cada vez mais difícil. Os demais deuses se envolveram no conflito ao lado de Murradin e, quando os Eladrin vieram para o combate e começaram a ser humilhados por sua fragilidade em combate, o Irmão Protetor correu até Gaia para lhe pedir as preciosas gemas de volta, forjando à partir delas similares à própria imagem para combater a seu lado e proteger o trabalho divino realizado n'A Criação, a este povo deu o nome de Anões, ou Pequenos deuses, e no ápice do conflito retirou de seus herdeiros um fio de barba para trança-los em uma máscara que usaria na guerra simbolizando a união de seu povo contra a tirania de Bahamut.

 

Com o advento da "Cólera de Palor" e o "Pacto dos Mortais", que impedia os deuses de habitar entre os mortais, Murradin deu a cada membro de seu povo um de seus próprios dons e ordenou que perpetuassem a espécie em seu nome e honrassem os presentes que lhes concedeu, assim, os Pequenos deuses se desenvolveram e expandiram seus reinos em honra a seu ancestral divino e fecharam sua cultura entre eles mesmos, não compartilhando seus dons com outros que não fossem nascidos de sua raça.

 

Venerado por seus descendentes, Murradin também possui seguidores fervorosos entre outros povos, inclusive entre os Elfos, que mantem com os Anões uma relação de meio-irmãos com muito respeito e admiração. Sacerdotes de Murradin compartilham histórias sobre todos os outros deuses, mas mantem entre eles os segredos por trás de cada feito divino apenas para os seus e aos servos da respectiva divindade. Os aspectos comumente associados a Murradin são a Proteção, os Segredos, a Tradição, a Honra, a Guerra, os Anões, os Ofícios e alguns outros.

CHRONOS - O IRMÃO MAIS VELHO

 

O Irmão Mais Velho, conhecido como o mais ausente deus da Família esteve sempre ocupado com o controle do Tempo e do Destino, a ordem dos eventos na Realidade. Durante o nascimento de Gaia, o Irmão Mais Velho se ausentou da participação direta em seu amadurecimento, mas concebeu Luara para apoiar Palor e cuidou para que todas as coisas acontecessem em seus devidos momentos, inclusive o conflito entre seus irmãos na "Guerra da Gênese".

 

Quando Palor despejou sua cólera sobre Bahamut, ferindo o corpo de Gaia profundamente, Chronos decidiu intervir como nunca e, neste episódio, foi estabelecido que todas as criaturas vivas teriam um limite de Tempo n'A Criação e que, após esse tempo, a força de suas almas seria entregue ao deus a quem melhor serviu em vida para que este pudesse continuar o ciclo de existência das vidas sob sua responsabilidade. Com seu irmão Bahamut, decidido a se manter n'A Criação ao lado de sua amada Rainha Ciamath, estabeleceu o "Pacto dos Mortais" e proibiu os deuses de se envolverem diretamente nos eventos n'A Criação, podendo apenas inspirar os mortais através da comunicação com suas almas. Nesse momento, ele próprio uma divindade, também estava proibido de intervir e deixou "Os Sete Portões da Morte" sob a proteção de uma proeminente família de mortais, a única a receber poderes através de Chronos para continuar seus trabalhos entre os mortais.

 

Após a morte de Bahamut, em seu milésimo ano de vida, A Rainha Ciamath chorou sua perda por um longo ano e o pesar de sua dor foi capaz de tocar os sentimentos que julgavasse não existirem no Irmão Mais Velho, que consolou-a e parou o Tempo para ter com ela durante segundos ou eras incompreensíveis à percepção mortal. Ao despedir-se d'A Rainha ofereceu-lhe seu Coração, que lhe garantiria a imortalidade e poderia usá-lo para encontrar o deus sempre que desejasse...o Irmão Mais Velho nunca mais esteve com ela.

 

Poucos são os mortais que compreendem a justiça por trás do Destino. Aparentemente, não há entre os mortais um que seja inspirado pelo Irmão Mais Velho e sempre que um surge alegando o contrário é tratado como louco ou mentiroso. A Linha da Vida de cada ser vivo é controlada por Chronos e a seus olhos nada escapa, pois é o senhor absoluto do Tempo e do Destino.

Durante o nascimento e a morte são proferidas orações cheias de sentimento ao justo deus que condena os mortais com a presença de criaturas corrompidas pela morte quando estas vivem suas vidas contra os desígnios dos demais deuses, recusando que suas almas atravessem o último Portão da Morte e fazendo com que atormentem os povos d'A Criação como uma forma de ensinar-lhes uma lição sobre o dever dos mortais para com os deuses, desta forma nascem os morto-vivos e monstros que infestam as histórias contadas pelos mortais.

Entre seus aspectos associados estão o Tempo, o Destino, a Morte, a Justiça e poucos outros.

OBRIGADO - O MÁRTIR GENTIL

 

Durante o período da "Guerra da Gênese", uma época em que ainda não havia a morte, toda criatura era capaz de lutar até a exaustão e retornar ao combate após descansar por quanto tempo fosse necessário para cicatrizar suas feridas, no entanto, um velho habitante d'A Criação, membro da extinta raça dos Crito, os primeiros humanóides criados pelos deuses para auxilia-los na manutenção do mundo, focava todos seus esforços e conhecimentos na cura e bem estar daqueles que encontrava caídos entre os derrotados do conflito divino, seu nome era Obrigado.

 

Apesar de habitar nas terras controladas por Bahamut e suas crias dracônicas, não distinguia aliados ou inimigos, pois era um bom curandeiro em favor daqueles que precisassem de seus poderes. E certa vez Palor recebeu uma série de golpes furiosos do guerreiro Bahamut que o derrubou por meses, estes que passou sob os cuidados do velho Obrigado. Durante este período, Bahamut descobriu que o Sábio Irmão se recuperava na gruta do curandeiro e foi até lá diversas vezes para garantir que Palor não levantasse mais de seu estado, mas Obrigado confundia e anulava as intenções agressivas do guerreiro com longas conversas e breves refeições, muitas vezes até sendo violentamente agredido para proteger seu paciente até que tivesse forças para lutar novamente.

 

Palor, totalmente recuperado em menos tempo do que o esperado para uma divindade tombada em combate, agradeceu ao velho curandeiro por sua atenção e por arriscar sua própria segurança em prol da recuperação do deus que opunha forças com o senhor das terras em que se escondiam. Assim, Palor ofereceu em troca de tamanha gentileza e atenção parte do poder da "Chama da Realidade" a Obrigado, concedendo-lhe poderes divinos para a manutenção da vida e seguiu para o combate contra Bahamut, descarregando-lhe toda sua cólera e provocando o evento que levaria ao início da Era dos Mortais, quando Obrigado teria de deixar A Criação para se juntar a seus novos iguais além do Véu Celestial.

 

Sua existência é exemplo aos mortais de como a caridade pode render recompensas que nenhum mortal poderia oferecer e alguns mais extremistas veem em Obrigado um exemplo de que não há distinção entre inimigos e aliados, que se deve servir ao próximo independente de qualquer ponto de vista ou crença.

Passou-se a utilizar em muitas línguas o nome da divindade como forma de agradecimento por algum favor ou boa ação e não é difícil encontrar pessoas se expressando com "Obrigado, Obrigado" quando uma boa sorte lhes acomete, julgando ser obra da caridade divina. Entre os aspectos mais comuns relacionados à Obrigado estão a Gratidão, a Cortesia, a Sorte, a Saúde, os Curandeiros e outros.

MAGI - O DESDOBRADOR DA REALIDADE

 

Poucos anos após o Pacto dos Mortais, a humanidade havia dado seus primeiros passos num mundo onde Elfos, Anões, os antigos Eladrin e tantas outras raças já habitavam há séculos. Ainda existiam raros espécimes vivos dos Crito n'A Criação, pois estes não tinham a capacidade de se reproduzir, pois foram criados incompletos pelos deuses. Destes últimos seres, um se destacou entre as comunidades humanas por seu conhecimento e compreensão da Realidade, Magi logo passou a compartilhar suas experiências com sábios humanos iluminados por Palor.

 

Junto a Auro Tahan, desenvolveu o sistema fonético e gráfico da linguagem que até hoje é utilizada entre a maior parte dos homens e aceito como idioma comun entre os Povos Livres. Auro veio a ter um filho, mas foi envenenado junto a esposa durante um experimento de Magi, que assumiu a criação e educação de Benjamin Tahan enquanto aprimorava sua compreensão sobre a Realidade e descobria novos métodos de modificar e controlar os elementos do mundo à sua vontade, método este que mais tarde os humanos chamariam de "Magia", que muito se assimilava às "Artes Arcanas" que os Eladrin já dominavam há eras com algumas diferenças.

 

Palor e os outros deuses se preocuparam com o fato de um mortal ser capaz de descobrir, sistematizar e manipular a Realidade e os elementos naturais em escalar menor, mas muito próxima à forma como os próprios deuses eram capazes. Ainda assim, se orgulhavam de ver um mortal acessando tamanho poder sem necessitar da inspiração direta dos deuses, mas decidiram que tamanho conhecimento deveria ser restrito somente a seus iguais, assim, quando o tempo de Magi atravessar os Portões da Morte chegou, todos os deuses, com excessão do Irmão Mais Velho, decidiram recebe-lo como um igual na Família, prova da evolução da espécie dos Crito, que inicialmente haviam sido criados à semelhança dos próprios deuses.

 

Magi passou a inspirar, de tempos em tempos, algumas mentes mortais e lhes ensinar a descobrir a manipulação da "Magia" e a seus discípulos os outros mortais chamavam de "Magos" ou "Arcanistas" entre aqueles que tinham conhecimento da arte Eladrin. Muitos mortais oram a Magi pedindo algum tipo de proteção em situações excepcionais, esperando que sejam inspirados de alguma forma a lidar com a Realidade de forma incomum. Entre os aspectos relacionados a Magi estão a Magia Arcana (não proveniente de orações aos deuses, como os rituais realizados por sacerdotes), os Magos, a Alquimia e alguns outros.

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